terça-feira, 19 de novembro de 2013

A 1ª Revolução Industrial

      Do fim do século XVII, até meados do século XIX, o desenvolvimento de motores a vapor alavancou o processo de industrialização acelerando o desenvolvimento do capitalismo. O carvão figurava como a principal matéria-prima para o funcionamento do maquinário na indústria têxtil e nos transporte a vapor no mundo. 
            

 
     A Inglaterra era a nação mais rica do mudo entre o século XIII. Existiam jazidas de carvão e de ferro, uma Marinha com muito poder e boa infraestrutura de portos e estradas, que facilitavam a circulação de produtos liderando o comércio mundial. Era apoiada pela Monarquia e pelo Parlamento, com uma burguesia que possuía poder político e econômico. Para se ter uma ideia da importância que a Inglaterra tinha , basta analisar o fato de que ela conseguiu que o governo expulsasse os camponeses das terras comunais para que estas terras viessem  a ser usadas para grandes pastos para a criação de ovelhas.

       Os camponeses então não tiveram outra saída a não ser viver nas cidades. A lã do carneiro e o algodão que eram trazidos das colônias eram os principais produtos agropecuários do país. A manipulação dos mesmos, estimulou a criação de novas tecnologias voltadas para a produção de roupas e tecidos que davam apoio a Revolução Industrial. Chega então a máquina de fiar e tear movidas á água provocando um rápido desenvolvimento na indústria têxtil da Inglaterra. Entre 1750 e 1769, a exportação de tecidos de algodão aumentou  dez vezes mais. A invenção da máquina a vapor (foto abaixo) que foi aplicada na siderurgia, metalurgia e aparecimentos dos primeiros trens de ferro, foi mais um fator que contribuiu para a geração da Revolução Industrial.

       Antes mesmo da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) as etapas do processo produtivo.

       Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura.

Do mesmo modo que a classe dominante enriquecia cada vez mais, os trabalhadores viviam e trabalhavam em péssimas condições. Para se ter uma ideia os bairros de Londres e Liverpool eram um conjunto de cortiços escuros e mal ventilados. Incêndios e epidemias localizadas eram comuns. Nas primeiras fábricas edificadas, o calor era uma constante. Não á toa, a expectativa de vida entre os operários era baixa devido a essas causas. As crianças também já trabalhavam desde os 4 ou 5 anos de idade nas fábricas ou em minas de carvão, com jornadas de 15 a 18 horas seguidas semelhante ao tempo dos adultos e quem se atrasava ou faltava podia ser castigado ou até preso.

       Na década de 1810, os trabalhadores começaram a se organizar em movimentos, criando revoltas contra as más condições de trabalho. As condições de vida dos operários melhoravam em um processo muito lento , pois os cientistas iam descobrindo aos poucos , que a causa de doenças e epidemias, vinham das péssimas condições de trabalho. Não tinham esgotos, o local de moradia era péssimo, não havia água limpa e o lixo era tratado de uma maneira totalmente incorreta.

       Poluições ambientais, sonoras, o desemprego e o aumento da violência atacam grandes cidades como Londres, Paris e Bruxelas. Assim chegam os estudos para resolver os problemas urbanos, o que mais tarde seria conhecido como urbanismo. Na segunda metade do século XIX algumas cidades já sofriam com o inchaço populacional tendo quer ajustadas para os novos tempos. Um exemplo desse caso é Paris, que na primeira metade do século XIX, sua capital recebeu um número alto de moradores que vinham das áreas rurais. Foi estimado que 100 000 pessoas dividissem um km² na cidade.

       Quanto mais pessoas surgiam nas cidades, as epidemias vinham aparecendo como algo frequente, pois, quanto mais pessoas de diferentes origens se misturavam, mais se proliferavam doenças. Mas a maior epidemia que atacou o homem foi a Peste Negra ou chamada também de Peste Bubônica, no século XIV. Essa epidemia já tinha sido destruidora na Constantinopla no século VI que chegou a causar 10 000 mortes de pessoas por dia. Agora que ela volta para a Europa em 1347 contaminou em primeiro lugar as cidades do mediterrâneo e do Mar Negro. Em cinco anos ela causou mais de 25 milhões de mortes, significando um terço dos europeus. Essa doença é causada por uma bactéria que esta presente em roedores, como o rato, e é transmitida ao homem através das pulgas desses animais contaminados. A diminuição dessa doença foram os melhoramentos na higiene, que eram precários até então. Outro caso muito importante ocorreu em Paris em 1832, onde houve um surto de cólera que matou 32 000 morados da cidade.

       Quando Napoleão III (foto abaixo) chega ao trono, no Segundo Império, Paris sofreu mudanças radicais. Ampliou seus territórios , derrubando construções medievais e edifícios decadentes, abrindo largas avenidas que serviam como passagem para as carruagens e tropas. As calçadas da cidade também foram ampliadas, com praças e espaços verdes intercalados entre as novas ruas. Criaram-se esgotos e sistemas de abastecimento e em 17 anos Paris já era uma cidade com uma cara nova, se tornando um modelo de exemplo para todo o mundo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário